O vereador Expedido Carneiro (PSDC), levou aos seus pares os protestos de uma manifestação ocorrida na semana passada onde, segundo o edil, todos os vereadores teriam sido desrespeitados e acusados até de roubo.
“Eu fiquei lá na praça, pensando que era outro movimento. Eu disse – eu vou até dá apoio a esse movimento. Lá fizeram foi esculhambar todos os vereadores. Lá o seu nome foi citado vereador Domingos Reis, vereador Leonel Filho (…) então eu achei uma falta de respeito, tem que provar, vereador Leonel Filho, tem que provar, como é que a pessoa vai chamar o outro de ladrão, dizer que ficou com o dinheiro, eles têm que provar”, disse
Disse que todos foram atingidos, porém os mais citados pelos manifestantes teriam sido Domingos Reis e Leonel Filho, este último pediu o áudio da denúncia que, supostamente, o liga à uma coordenadora de polo educacional rural para práticas conta a lei.
Leonel e Dominguinhos defenderam-se. O vereador do PTN esqueceu-se do decoro que rege a Casa e tachou o manifestante, não identificado, de VAGABUNDO e COVARDE:
Domingos Reis – “A gente aceita todas as manifestações democráticas a gente aceita, mas anarquia nós não podemos aceitar”
Leonel Filho – “Fiquei até surpreso, um negócio desse. Eu não sei nem quem foi esse VAGABUNDO que me chamou disso aí. Porque é um vagabundo um cara desse aí, me desculpe. Deus tá no céu e eu tenho mundo medo de Deus, se eu pegar algum recurso de qualquer polo desse aí, eu quero tá mortinho amanhã. Eu não preciso disso não, nunca precisei”
“Quem tem o áudio disso aí porque eu vou entrar na Justiça, que prove. Eu tenho várias ações na Justiça para que prove, nunca provaram. Chamaram quem de ladrão aí? todos os vereadores? bom, então eu vou me defender, se vocês quiserem ficar calado fique a vontade”, disse Leonel zangado
ATAQUES CONTRA CELSO
Mas descontrole mesmo demonstrou Expedito Carneiro ao avistar do alto da Tribuna, onde discursava, o presidente do SINDSSERM, professor Antonio Celso Moreira.
Por muito pouco, o vereador não o chamou para a famosa ‘porrada’. Disse que não tinha medo do professor tachando-o de vários nomes nada agradáveis de se ouvir, ainda mais quando, na situação em que se encontrava, nada podia falar para contradizer o que vinha da boca do edil.
“Pessoas que não tem credibilidade, pessoas que são invejosas. AGORA VOCÊ CHEGOU CELSO, agora eu tÔ olhando pra você. Eu gosto de dizer é olho a olho, cara a cara pra pessoa. Não tenho medo de ninguém, meu amigo velho. Tá entendendo. Pessoas que foram irresponsável, como Leonel Filho falou – VAGABUNDAS, entendeu? usar nomes assim e tentar denegrir a imagem da pessoa”
“A gente passa o tempo todo tentando construir o nome da gente e não são pessoas como você que vai destruir o nome da gente não IRRESPONSÁVEL. Tá entendendo? VOCÊ É UM IRRESPONSÁVEL, pra mim VOCÊ É UM IRRESPONSÁVEL. tá entendendo? TENHO MEDO DE VOCÊ NÃO, tá entendendo. Eu gosto de falar, não gosto de falar na ausência não, gosto de falar é pessoalmente, olho no olho. OLHE PRA MIM RAPAZ, NÃO ‘BAIXA’ A CARA NÃO RAPAZ”
“Você foi candidato, cadê? Mostra que você que não tem credibilidade rapaz, você tem que ter credibilidade, tem que ter prestígio com o povo de Codó. O povo não gosta de atitudes assim não, pessoas INVEJOSAS o povo não gosta não. Trabalhe com honestidade, trabalhe com seriedade. Agora você ir pra rua tentar denegrir a imagem das pessoas, você não chega a lugar nenhum, você VAI MORRER ARDENDO SEU CORAÇÃO DE INVEJA“, afirmou
DESNECESSÁRIO
O parlamentar extrapolou os limites da sua própria vereança. Ainda que tenha se sentido ofendido com a manifestação de rua, descarregar todo o seu rancor sobre Celso, numa sessão pública ordinária e transmitida por uma emissora de rádio, nem de longe parece-nos aceitável também, assim como não o é, para qualquer cidadão, dizer que alguém é ladrão, em público, com provas, muito menos sem elas.
A reprovação do ato do edil nos parece ainda mais fundamentada na razão porque, pelos relatos do próprio, as palavras que mais feriram Leonel, Domingos Reis e os demais não saíram diretamente da boca de Antonio Celso, apesar de este estar na manifestação e não alisar a cabeça de ninguém quando estar ao microfone.
As palavras mais pesadas teriam sido proferidas por alguém, cujo nome não fora revelado, da cidade de Pinheiro que, segundo Domingos Reis, teria desafiado até uma promotora de Justiça na porta do Ministério Público.