FEMINICÍDIO: Comandante da PM fala sobre número de mulheres assassinadas em Codó

O caso mais recente de feminicídio ocorreu no último fim de semana, domingo. A vítima foi Concilma Muniz Sousa, morta com 7 facadas por seu ex-companheiro após uma discussão na Av. Maranhão, porta de um bar.

Concilma e Francisco

Francisco Pereira da Silva, 34 anos, considerado o principal suspeito pela Polícia, está foragido desde então segundo o comandante da Polícia Militar de Codó.

“É um casal e ao que parece eles não estavam mais juntos, a mulher estava em um bar. O homem chegou nesse bar e começou a discutir com ela, ele acabou atingindo-a com vários golpes de faca e ela veio à óbito no local (…) Ele se evadiu do local, o serviço de inteligência da Polícia Militar e a Polícia Civil também já estão investigando e continuam as buscas e eu espero que a gente tenha informação pra colocar as mãos nesse indivíduo e prendê-lo o mais rápido possível”, explicou o tenente-coronel Jurandir de Sousa Braga.

O número de mulheres assassinadas vem crescendo aqui em Codó. Nos casos em que fica configurado a prática do chamado crime de feminicídio um detalhe vem chamando a atenção da polícia – na maioria dos casos a morte tem sido consequência de uma vida conjugal, inteira, marcada por brigas e graves agressões físicas.

A agressão em casa ou mesmo fora dela é o principal sinal de alerta, disse o comandante da PM, que deveria ser levado em consideração pelas mulheres, mas a maioria ignora.

 “A agressão com arma de fogo,  com faca, ou seja, o óbito em si ele, geralmente, é a atitude extrema consequência de agressões que já vinha acontecendo (…)infelizmente a gente se depara muito com esses casos e  a pessoa que ela é a agredida, a mulher, ela tem que ter certeza de que ela será agredida outra vez, então é muito difícil a gente prevenir este tipo de crime porque a pessoa começa agredindo e, por fim, evolui para um desfecho trágico desse”

Concilma  Muniz Sousa é a quinta mulher assassinada em Codó nos últimos meses em circunstâncias que configuram o crime de feminicídio hoje considerado hediondo com pena que varia de 12 a 30 anos de prisão.

Em todo o MARANHÃO já são 21 casos de feminicídio só este ano.

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