As gerências não permitem imagens internas, nem falam sobre o assunto alegando não terem autorização, mas ninguém da imprensa precisa entrar nas agências com equipamentos de gravação para constatar que o atendimento anda bem aquém do que deveria no que diz respeito, principalmente, ao tempo de espera.
A vida de quem precisa dos bancos de Codó nunca foi fácil, mas depois da greve, para o consumidor, parece ter ficado um pouco mais complicado.
TEMPO DO CÃO
Basta ficar na saída para ouvir de quem viveu o sufoco do tempo como Keliane da Cruz que passou 3 horas e meia tentando atualizar uma senha e não conseguiu.
“A senha tá muito lento, multidão de gente…TÁ DIFÍCIL DEPOIS QUE OS BANCOS VOLTARAM, TÁ difícil? Muito difícil, e eu vim mais cedo e tava já lotado, 7h já tava lotado aqui…SÃO 10H30, NÃO RESOLVEU? Nada”, disse
SOFRIMENTO DA TERCEIRA IDADE
Os aposentados são os que mais sofrem, por causa da idade. É preciso ter a paciência e a disposição de dona Maria das Graças Carvalho que recebeu o dinheiro depois de ter chegado 7h e saído às 10h26 da manhã.
“bastante mas que a gente pode fazer? Tem tanta gente que a gente tem que esperar chegar a vez da gente, né não? porque se a gente ir com ignorância, quem sai de ruim é a gente, por isso a pessoa vai tem paciência para receber o que é seu, porque os outros não recebem não”, falou a aposentada
Com tanta gente em busca de atendimento é cada vez mais raro encontrar quem respeite a prioridade que cabe a idosos como seu Luis Medeiros da Silva de 69 anos de idade.
“Direto no caixa e resolver o problema porque todo mundo tem sua obrigação…ISSO NÃO ACONTECE? Não…AS PESSOAS NÃO ABREM? Não, tem que espera na fila…QUANTO TEMPO? Essa média assim, 1 hora, 2 horas, tem deles que fica até 3 horas, né”, revelou o idoso
PROCON NA RUA
Nós temos leis federal, estadual e municipal sobre este tempo. A de Codó, por exemplo, de autoria do vereador Leonel Filho, determina 30 minutos de espera em dias considerados normais e até 45 minutos em dias de grande movimentação como em datas de pagamento de aposentarias, por exemplo, ou funcionalismo público.
Diante disso, é preciso que o Procon, como já fez uma vez com a presença do diretor-geral no Maranhão, volte às agências para uma nova fiscalização.
Pelo menos pra ver se o que foi pedido daquela vez foi, realmente, cumprido.
por Acélio.