Fanático é aquele que segue ou defende apaixonadamente uma seita ou opinião, seja filosófica, religiosa ou política ou quem pratica alguma coisa de maneira apaixonada.
Religioso é aquele que tem religião; que vive segundo as regras da religião; escrupuloso, pontual no cumprimento dos deveres.
Ou seja, religioso é fanático, mas nem todo fanático é religioso. De fato, os fatos provam a tese.
O jejum, a confissão, as penitências dos Católicos, subir escadas de joelhos, segurar em corda no calor infernal, dizer dos seus segredos para outra pessoa que não conhece, achar que uma pessoa é representante de Deus, acreditar que uma Mulher engravidou sem relações sexuais.
A maneira de vestir, os gritos, o barulho ensurdecedor, achar que água purifica os pecados, subir em morros e ficar gritando a noite toda, crer que o filho de Deus é maior que Deus, colocar um livro em primeiro lugar esquecendo até mulher e filhos, mudar de comportamento ou se comportar conforme manda um homem que não se sabe de onde veio e que se diz enviado de Deus, ficar com fome mas pagar dez por cento do que eventualmente recebe para sustentar uma pessoa que se diz pastor dos fiéis.
Fechar olhos, vê espíritos, almas, acreditar em reencarnação, falar com mortos, encarnar espíritos mortos e viajantes, fazer coisas impossíveis em nome de algo não palpável, concreto ou visível.
Acreditar em Deusa do mar, em Deus disso e daquilo, mudar de personalidade por deixar o espírito, santo, baixar no corpo; tocar tambor à noite toda, sangrar as mãos ou pés; dançar até esgotar
Achar que a sua religião é melhor que a do outro, não respeitar a do próximo, é fanatismo do brabo. Um homem que quebra a imagem do santo católico, dizendo-se evangélico, é fanatismo, puro.
Quem é católico acha que é um absurdo, devia ser morto. Por outro lado, o evangélico acha normal, banal.
Aqui vem a reflexão. Os últimos acontecimentos na França pelo chamado grupo chamado Estado Islâmico. Suicidaram-se em nome de Maomé – o Deus dele – que seguem e acham que é o único. Tal qual o Deus das outras religiões. Imagine a estupidez que alguém invadir o terreiro de Umbanda e acabar com o evento quando o Pai de Santo estiver incorporado? Para alguns acham que é um bando de negros, maconheiros, que não tem o que fazer e ficam dançando tocando tambores.
Maomé, para os ocidentais da França, jornalistas e cartunistas, é uma figura de retórica, um velho barbudo e por isso deveria ser ridicularizado. E foi. Daí veio o resultado, imediato. Fanatismo, religiosidade, estupidez, terroristas, assassinos ou defensores de sua religião e seu Deus?
Não estou justificando nada. Os religiosos do Islã acham natural a morte em nome de Maomé e acham que fizeram justiça pelos atos praticados pelos Franceses. Acho.
E não me excluam na lista de visitantes da Europa ou outros Países, não gosto do grupo Estado Islâmico, posso até os compreender, mas os acho um grupo criminoso e extremista e que deveria ser exterminado. Em nome da maioria universal, não pode um Deus querer ser superior aos demais, ainda que se chame Maomé ou Buda ou Cristo ou Jesus ou Alá ou qualquer nome que seja.
Entenderam? É tênue a linha divisória entre fanático e religioso, entre um criminoso e um fanático, entre um extremista e um religioso. É preciso entender, compreender, estudar para saber e tentar conviver com os extremos.
Respeite o próximo, qualquer que seja o fanatismo ou a religiosidade dele. Sabe daquela? Religião, política, futebol, mulher, sexo, profissão … cada um no seu quadrado….
Blog do Luis Cardoso